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O texto que não escrevi
NewsLet's - edição #003

Não é novidade a ideia de que tudo aquilo que é difícil de executar guarda riquezas para vida da gente. Em meu caso, vejo um valioso tesouro em cada texto que consigo escrever. Sem arrogância, ele é valioso só para mim, assim como os sonhos são para cada pessoa. Por mais que seja um anseio pessoal e intransferível, pode ser conectado a outras pessoas. E ainda bem que isso acontece, porque é dessa maneira que certos sonhos únicos acabam sendo tecidos por mãos que não faziam nem ideia do que estavam patrocinando.
Mas esse processo de decidir escrever e ainda enviar para pessoas me revisitou muitos questionamentos:
Por que parece tão complexo reconhecer talentos ou habilidades, identificar onde o seu melhor flui de forma tão natural, quase que inadvertidamente?
A ideia de que as tarefas desafiadoras trazem riquezas para nossas vidas não é nova. No meu caso, vejo um grande valor nisso.
Que maldição é essa de diminuirmos nossos esforços e valorizarmos o de quem sequer acompanhamos o processo?
Em que momento da história da humanidade nos tornamos pessoas sedentas por uma humildade que apaga a individualidade e o brilho único de cada ser humano e coloca isso como virtude?
Quando foi que passamos a desejar mais o afeto dos outros, do que o nosso próprio?
Felizmente tem aquela meia-dúzia (salve, Leão!) de pessoas que se enxergam, se defendem, se acolhem, se entendem.
Somos capazes de maldizer essas pessoas que parecem ter desenvolvido bem (ou melhor que nós) essa consciência de si, chamando-as de egoístas quando elas não negociam suas próprias necessidades em nome de atender demandas externas.
Continue lendo.
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